No ar como a fútil Beatriz, de "Escrito nas Estrelas", Débora Falabella vai aparecer bem diferente no cinema. Em "Meu País", a atriz interpreta Manuela, uma jovem com deficiência mental. "A personagem tem dificuldade de aprendizado e, às vezes, age como se fosse uma criança de seis anos de idade", conta Débora, acrescentando que no longa é meia-irmã de Marcos, protagonista interpretado por Rodrigo Santoro.

Radicado na Itália, Marcos volta ao Brasil para acompanhar os últimos dias de seu pai, que sofreu um derrame. Em terras brasileiras, ele reencontra seu mimado irmão caçula, Tiago, interpretado por Cauã Reymond, e ainda descobre que tem uma meia-irmã problemática. "No início da trama, a Manuela nem aparece. Depois que ela toma uma importância na história, já que o irmão acaba se afeiçoando a ela", explica a atriz.

Para viver Manoela, no longa, Débora visitou escolas para crianças especiais, em São Paulo. A atriz conta que ficou impressionada com o que viu. "Eu tinha medo de cair no exagero, mas no dia que eu cheguei a uma dessas escolas, fiquei confusa porque você vê realmente de tudo. Desde pessoas como a minha personagem que é adulta, mas tem a idade mental de 7 anos, até crianças com problemas que atingem a face. Se você visse num filme, não acreditaria que aquilo pode ser verdade. A primeira vez foi impactante", diz Débora. – Visitar essas crianças foi inspirador para minha vida, elas ficaram na minha memória. Até hoje lembro dos rostinhos delas. Dirigido por André Ristum, o longa está previsto para estrear no início de 2011.

O rostinho de menina, a voz delicada e o jeito de boneca enganam. Apesar de todos esses predicados, Débora Falabella segue encarnando meninas-problema na ficção desde sua estreia na Globo, em "Um anjo caiu do céu". Até sua mocinha em "Sinha Moça" tinha problemas de convivência com seus pais. Agora em "Escrito nas estrelas", Débora experimenta a sensação de ser "a" vilã da história, mesmo que seja perua e atrapalhada. 

"A Beatriz, de 'Escrito das estrelas', é o oposto de mim. Com ela eu vou, faço, me divirto e esqueço. As vilãs às vezes falam muitas coisas que gostaríamos de falar, só que a gente tem um filtro. Elas não, elas são o escracho", disse a atriz à revista "Gloss" do próximo mês. 

Discretíssima, a mãe de Nina, de 1 ano, conseguiu o que se pode chamar de uma façanha em tempos de paparazzi ou de autopromoção na mídia. Quase ninguém a viu grávida ou mesmo sabia de seu bebê. "Lá em casa sempre fui a mais quieta e a mais fechada. Tenho pouquíssimos amigos e dificuldade de fazer grandes amizades. Às vezes, queria ser diferente, mais espontânea", confessou a estrela, que posou cheia de atitude para a capa da publicação.

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