sábado, 31 de dezembro de 2011

(Foto: Reprodução)

Aos 12 anos, Débora Falabella começou a fazer teatro amador em Belo Horizonte. Mas, foi aos 15 que subiu ao palco pela primeira vez como atriz profissional no espetáculo Flicts, de Ziraldo. A partir daí, Débora não parou mais. Continuou estudando dramaturgia e participando de várias produções. "Comecei no teatro muito antes da televisão. E, desde então, nunca parei de fazer teatro". Nessa época, Débora fez um teste para a Globo, para um cadastro de atores mineiros,e, pouco tempo depois, foi chamada para outro teste, desta vez era uma vaga em Malhação. Foi seu primeiro trabalho na televisão, que durou apenas seis meses, pois, não conseguiu se adaptar ao ambiente da série, que se passava basicamente em uma academia de musculação repleta de modelos.

Depois do primeiro trabalho na Globo, a atriz, voltou para Belo Horizonte e fez vários trabalhos no teatro e participou de três capítulos do seriado Mulher, da Globo. Em 1999 passou no teste para atuar na telenovela infantil Chiquititas, do SBT. Durante as gravações, morou em Buenos Aires, onde estava toda a equipe da produção. Depois do trabalho de sucesso no SBT, Débora ganhou o papel da rebelde Cuca na telenovela Um Anjo Caiu do Céu, da Globo. Entre uma gravação e outra, estreou no cinema, no curta-metragem Françoise. Na pele de uma menina solitária e com muitas fantasias na cabeça levou o prêmio de melhor atriz nos festivais de Gramado e de Brasília, além de receber menção honrosa no Festival do Rio BR. Antes mesmo de acabar as gravações da novela, foi convidada a interpretar Mel em O Clone, seu primeiro papel em horário nobre, em que foi elogiada por fazer uma menina que se envolve seriamente com drogas. Na minissérie JK deu vida a Sarah Kubitschek, na fase ainda jovem da personagem. Em seguida, protagonizou a novela Sinhá Moça. Também apresentou na TV a cabo o programa Cineview, uma agenda semanal sobre cinema. Em 2007 foi uma das protagonistas da novela Duas Caras, na qual viveu Júlia de Queiroz Barreto, uma jovem cineasta que se apaixona por Evilásio Caó (Lázaro Ramos), um rapaz de classe mais baixa e negro, provocando a reação do pai, o advogado Paulo Barreto (Stênio Garcia).

Em Escrito nas Estrelas, de Elizabeth Jhin, fez seu primeiro papel de vilã, seguindo uma linha de comédia como Beatriz Cristina. Profissionalmente, Débora contou que este papel foi "diferente de tudo que já fez" e que o maior desafio foi tornar a vilã engraçada, sem cair no ridículo. "Tinha que ser engraçada e crível ao mesmo tempo", disse a atriz.

Débora em "A Mulher Invisível", com Selton Melo e Luana Piovani 
(Foto: TV Globo)

"Já fui vilã, mocinha, revoltada, sonhadora."

Fugir do dilema de sempre fazer o mesmo papel é uma prioridade para Débora Falabella, atualmente, brilhando na pele da Clarisse, de A Mulher Invisível, da Globo. "Felizmente, minha trajetória na tevê tem me garantido bons e diferentes papéis. Já fui vilã, mocinha, revoltada, sonhadora e agora interpreto uma workaholic", enumera. No seriado, derivado do filme homônimo de 2009, Clarisse é a mulher de Pedro, Selton Mello. Com a empresa à beira da falência e o casamento em crise, ela, ainda, tem de aprender a conviver com Amanda, Luana Piovani, a amante imaginária do marido. "Amanda é a mulher idealizada. Já a Clarisse representa a mulher possível", define. Débora está adorando o novo trabalho. "A Clarisse é uma workaholic, que se sente pressionada pelo trabalho, mas, ao mesmo tempo é apaixonada pelo marido. O casamento deles está sofrendo um desgaste pelo dia a dia porque ela é chefe dele. Mas, o casal continua junto, apesar dele ter inventado essa mulher na cabeça dele. Eu acho até estranho falar sobre isso porque é uma coisa meio surreal, difícil de acontecer", analisa.

(Foto: Reprodução)

Entre o trabalho e a maternidade

Namorando, atualmente, o ator Daniel Alvim, Débora Falabella está vivendo dois papéis bem especiais. A atriz se divide entre as gravações de A Mulher Invisível, se prepara para voltar ao teatro e curte bastante a filha Nina, de pouco mais de 1 ano, do seu relacionamento com o músico Eduardo Hypolitho. A atriz confessa que vê mais sentido na vida depois que se tornou mãe. "É ter uma visão completamente diferente de tudo que já vivi até esse momento. A vida em si começa a ter mais sentido", afirmou Débora, que sabe bem dividir o tempo entre o trabalho e a maternidade. "Faço igual a todas as mulheres que trabalham e têm filhos pequenos. Estou com ela o maior tempo possível e organizo meus horários para isso".



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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


Débora Falabella será protagonista de 'Avenida Brasil'. Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias/TV Press

De acordo com a colunista Regina Rito, do jornal O Globo, Débora Falabella garantiu o papel de protagonista da novela Avenida Brasil, que substituirá Fina Estampa na Globo.

A trama também contará com outras atrizes de peso, como Heloísa Périssé, Camila Morgado, Adriana Esteves e Débora Bloch. O elenco já está formado, restando apenas escalar as crianças.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011



Ao conhecer o universo fantástico de Murilo Rubião, os leitores se sentem à vontade de fantasiar. Foi o que aconteceu com a atriz e diretora mineira Yara de Novaes. Não se recorda qual o primeiro conto lido do autor das Gerais, mas se permite a inventar um. "Gostaria de ter lido 'Bárbara'. Muito humano e de fácil compreensão quando tinha 15 anos", explica a diretora. Não à toa, o texto integra o espetáculo que, 30 anos depois da fantasia de Yara, está na cena teatral sob sua direção. Numa produção do Grupo 3 de Teatro, a montagem "O Amor e Outros Estranhos Rumores" será encenado quinta (1º) e sexta (2) no Teatro Sesi Amoreiras, em Campinas.

Outra loucura. Antes de escolher apenas três contos de Rubião para flertar com a cena, a trupe mineira ansiava adaptar todos os textos do mineiro. "Os 33", enfatiza Yara. Ao final de discussões e leituras, os atores Débora Falabella, Priscila Jorge, Maurício de Barros e Rodolfo Vaz (ator convidado do Grupo Galpão) chegaram num consenso de redução. Pescaram da obra: "Bárbara", "O contabilista Pedro Inácio" e "(Três nomes para) Godofredo". Apesar de distintas, as histórias se alinhavam por dois pontos em comum: o realismo fantástico do autor e o amor, recorrente nas tramas. Por sinal, fadados ao desassossego. Se bem que "os estranhos rumores são mais enfatizados".

Para explicar tais rumores, a diretora não encontra barreiras para comentar os contos. Em "O Contabilista...", ao manter o fascínio de contabilizar os prós e contras dos amores, Pedro Inácio revisita as origens. Claro, influenciado pela mulher. "Ao construir a árvore genealógica, ele percebe que a memória foi forjada. Pensou que era de um lugar, mas não era...", lembra. Em compensação, "...Godofredo" a trama circula sobre um homem que, após conquistar as amantes, resolve eliminá-las. "A individualidade é questionada. Quando a pessoa ao lado não é mais um espelho, resolve-se descartá-la". Por último, "Bárbara" visita a casa de uma mulher que engorda assustadoramente após cada desejo realizado. "Trata de nossa eterna insatisfação, o vazio que temos e achamos que nada  nos preenche. Daí, partimos para o consumismo".

Apenas o prólogo da montagem tem caráter nonsense. Escrita por Silvia Gomez, responsável pela adaptação dos contos, a cena mostra o encontro de três personagens e um ser com cabeça de coelho. O animal tem referência fabulosa em três moradas: os coelhos de "Teleco, o coelhinho" (Murilo Rubião), "Império dos Sonhos" (filme de David Lynch) e "Alice no País das Maravilhas" (Lewis Carroll). "Eles se encontram numa estação de trem e estão com um bilhete em branco, que não informa data, nem o número do assento, nem o horário de partida do trem...", descreve. Do restante, afirma, mesmo com o toque fantástico carregado "não assusta. A plateia não espanta, acha normal".

A encenação de Yara, ampara pelo cenário simbólico de André Cortez ("há inúmeras portas. Ideia de sair e voltar pro mesmo lugar. A disposição também permite marcações em círculos", explica), guarda certa distância proposital do realismo. Que o diga a interpretação dos atores. Nesse ponto, arquétipos são bem vindos. "Não se pode fazer personagens de Rubião lógicos e psicológicos. As expressões dos atores, bem desenhadas, são eloquentes", destaca. Contudo, em nenhum instante, opina a diretora, as figuras se tornam cascas. "Pelo contrário, não podem ser 'psicologizadas', mas as personagens são muito humanas. Vêm do cotidiano...".

Serviço
O quê: "O Amor e outros estranhos rumores", do Grupo 3 de Teatro
Quando: quinta-feira (1º), às 20h, e sexta-feira (2), às 18h e às 20h
Onde: Teatro Sesi Amoreiras (Av. das Amoreiras, 450, Parque Itália, Campinas)
Quanto: Entrada franca (convites serão distribuídos 1 hora antes de cada sessão)
Informações: (19) 3772-4100

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